segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PARA VARRER DO PENSAMENTO

AUTO-CONHECIMENTO

Alguns ditados, conselhos e lições de moral que ouvimos desde a infância tendem a grudar em nossa mente e, com o tempo, se transformam em bloqueios, culpa, insegurança. Aprenda a identificar essas palavras e liberte-se de armadilhas que podem gerar muita angústia.

Pare um segundo e pense: há alguma frase que você diga ou escute repetidas vezes ou que sempre surge em sua mente nos momentos de tomar uma decisão ou dar um passo importante?
Alguns dos dizeres que funcionam como uma espécie de armadilha para a mente: “Seja forte!”, “você podia fazer melhor!”, “ande depressa!”, “eu sou assim e pronto!” Essas são frases que podem atordoar e, com o tempo, minar a auto-estima e bloquear as ações. Muitas vezes nem notamos que estamos aprisionados, ao fixar essas afirmações como se fossem certas. “A linguagem molda nosso comportamento, por isso repetir muito um tipo de julgamento sobre si mesmo ou sobre outras pessoas pode influenciar negativamente tanto nossas decisões como nossos sentimentos”, explica Carlos Bein, psicólogo junguiano de São Paulo formado pela Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, com especialização em programação neurolingüística (PNL).

Por que fazemos isso?
Segundo estudos da neurolingüística – um método que estuda a relação entre linguagem e comportamento –, o cérebro, para guardar na memória as milhares de informações que recebe, tende a selecioná-las.

Nesse processo, corremos o risco de generalizar, distorcer ou omitir informações a ponto de não enxergar novas possibilidades. “Tudo é uma questão de escolha. Podemos ver o mesmo acontecimento com óticas diferentes, e isso é salutar. Mas as expressões verbais podem nos aprisionar num só julgamento”, considera Cândida Amaral, psicóloga com especialização em terapia familiar no Instituto Sedes Sapientae, de São Paulo.

Veja a seguir o significado de oito frases que podem causar angústia e prejudicar as relações. A orientação dos especialistas ajuda a varrê-las da mente.

Eu sou assim e pronto!
Essa frase tem grande poder imobilizador. “Quando uma pessoa acredita que não é capaz de mudar, está fechando a porta para inúmeras possibilidades em sua vida”, diz a psicóloga Cândida Amaral. A frase pode vir adicionada por uma série de justificativas, que tem a única finalidade de acentuar ainda mais uma posição irredutível ou um comportamento que deve ser transformado. A saída é ser flexível, deixar de lado a rigidez de pensamento e ter coragem para corrigir a rota das atitudes toda vez que for necessária uma mudança. Isso poupa muita angústia e teimosia.

Nunca dá tempo para nada!
“Aí é que não dá mesmo”, diz sorrindo a psicóloga Cândida Amaral. Variações do mesmo tema são as afirmações “estou exausta!” e “nunca consigo fazer o que quero”. “Quando são continuamente repetidas, elas agem como freios em uma roda. O mais sensato é olhar para as causas que as produzem. Se estou realmente muito cansada, como posso dividir meu tempo e ter uma pausa para descansar? Ou como posso aprender a relaxar numa vida agitada? Isso funciona mais do que ficar repetindo a mesma coisa sem tentar nenhuma mudança”, fala Cândida.

Seja forte, você pode agüentar!
Essa máxima tanto pode dar estímulo e coragem como forçar alguém a fazer sacrifícios além das próprias forças só para provar que é capaz de superar grandes obstáculos. “Isso provoca o desejo de querer sempre, mesmo em situações muito difíceis, ser aplaudido e reconhecido como vencedor”, adverte Cândida Amaral. “Porém a preservação da vida e da saúde tem de ser importante em nossos valores internos. Não precisamos provar que temos uma força ilimitada para suportar pressões ou situações insustentáveis ou exigir essa força descabida de alguém. Estabelecer limites, até de força, é saudável”, conclui a psicóloga.

Filho de peixe peixinho é...

Antigamente, esse ditado era usado para justificar escolhas profissionais que se revelavam infelizes. “Ela condiciona os talentos ou os defeitos a um padrão familiar, estático. É uma generalização que limita e justifica as ações dos pais e dos filhos, para o bem e para o mal”, diz o psicólogo Carlos Bien.

Há casos, sim, que se pode herdar uma boa voz ou o talento artístico dos pais. “Mas cada um a sua maneira. Não existem clones ou pessoas iguais”, fala Carlos. E, lógico, há filhos totalmente diferentes dos pais. “Nem todo filho de peixe é peixe. Ainda bem”, assegura ele.
A saída é evitar, sempre que possível, fazer generalizações desse tipo e considerar que as pessoas e as situações são únicas.

Coitadinho, tão bonzinho
“Quando você diz essa frase para alguém ou pensa isso sobre si mesmo, está reforçando a posição de vítima, o que mina todas as forças para superar qualquer problema”, diz Cândida Amaral.

Além disso, há uma arrogância implícita quando classificamos alguém como “digno de pena”. “Isso quer dizer que o consideramos impotente, incapaz, nulo, fraco”, salienta a terapeuta.
Essa expressão pode ser complementada ainda por “coitadinho, tão bonzinho, e não tem sorte...”. “Aí a situação piora, pois a condenação é total e a própria pessoa se sente coitadinha, vítima das situações ou do próprio destino. Como se a vida pudesse condenar alguém a uma circunstância infeliz, não merecida. Assim, parece que a solução está fora de alcance, o que não é verdade, pois cada um tem de tomar as rédeas de sua própria vida.

Em vez de dizer “que pena, coitado”, o melhor é achar uma maneira de ajudar, tratar de igual para igual ou apontar formas positivas que levem a uma saída.

Não jogo fora porque pode servir no futuro

Quando essa sentença justifica prateleiras com livros que não vão ser mais lidos, armários com vestidos que não vão ser mais usados, caixas com remédios vencidos, ela quer dizer: “A vida está atravancada de várias formas. De uma maneira prática, a casa fica atulhada de coisas geralmente inúteis. Mas o principal é que a pessoa que diz isso também pode ter dificuldade de se desfazer de experiências e sentimentos que não são mais necessários ou saudáveis, ficando presa ao passado”, diz a psicóloga Eliane Ramos de Oliveira.

“Descartar faz parte da vida tanto quanto possuir. Quem não sabe jogar fora tem mais relutância em abrir espaço para o novo e limita-se na hora de viver novas experiências”, diz a terapeuta. Use o bom senso, não guarde objetos desnecessários e perceba que carregar mágoas e ressentimentos deixa a vida mais pesada. Tente descartar o que já não é mais necessário e conversar sobre os sentimentos não resolvidos no passado.

Você poderia ter feito melhor!
Muitas vezes, essa frase oculta uma expectativa exagerada por parte de quem a profere. “É comum ver esse tipo de ditado ser repetido muitas vezes de pais para filhos, de chefe para subordinados, isto é, de alguém que está em uma posição superior ou se sente assim”, afirma a psicóloga Eliane Ramos de Oliveira. “Quando essa expressão é muito usada, pode reduzir drasticamente a auto-estima e a autoconfiança a ponto de provocar bloqueios”, diz ela.

“Se a cobrança não tiver razão de ser, podemos neutralizar o efeito lembrando que não podemos deixar nas mãos dos outros a avaliação de quem somos ou do que fazemos. Além disso, temos de ouvir nossa voz interna, que pode dizer que demos o melhor de nós, ainda que possamos nos aperfeiçoar”, lembra Eliane.

Ande mais rápido!
Se você fala ou repete mentalmente essa ordem muitas vezes, cuidado com a ansiedade em alta voltagem. “Na dose exagerada, ela é capaz de provocar muita resistência em quem escuta e ocasionar o efeito contrário: insegurança e hesitação”, diz a psicóloga Eliane Oliveira. “O melhor é analisar as causas de uma possível lentidão, em vez de pressionar sem saber o que está ocasionando o atraso”, avalia.

Ser flexível ajuda a limpar da mente as expressões que só fazem mal.
TEXTO: LIANE CAMARGO ALVES

domingo, 11 de outubro de 2009

Correr salvou a minha vida

Daniele Seiss, jornalista do "Washington Post", sofria de depressão frave desde a infância. Num relato emocionante, publicado no jornal em primeira pessoa (www.washintonpost.com), ela conta como as longas caminhadas e a corrida a salvaram da depressão, depois que remédios e terapia falharam. "Eu nem sei dizerao certo quando os pensamentos sombrios começaram a tomar conta da minha vida. Mas eu me lembro, quando tinha apenas 6 anos, que chorava todos os dias. Eu não dormia a noite. E quando dormia, eu tinha pesadelos. Eu parei de comer", escreve Daniele. Na época, ela conta, em meados dos anos 70, o pediatra tentou tratá-la com analgésicos. Um pouco mais tarde, ela tentou a terapia, e tampouco teve sucesso com a abordagem de longo prazo. Daniele ja estava na casa dos 20 anos quando começou a fazer longas caminhadas (longas mesmo, de pelo menos 40 quilometros) que mudariam sua vida. O efeito, ela conta, foi imediato e muito intenso, a ponto de todos a sua volta notarem a mudança. Aos poucos ela começou a correr e, hoje, é maratonista. Mas todas as vezes que, por circunstâncias da vida, teve de deixar de lado o exercício, a depressão voltou a se instalar com severidade. Não se trata de um caso isolado. Cada vez mais estudos vem comprovando que o exercício aeróbico intenso provoca alterações significativas no cérebro, entre elas a produção de novos neurônios, com efeitos comprovados para depressão, similares aos medicamentos de última geração. O exercício intenso induz a produçao de hormônios como a endorfina e a prolactina, que exercem a função de calmantes naturais no cérebro, reduzindo a resposta ao estresse. Isso faz com que as pessoas que se exercitam regularmente se sintam, normalmente, mais relaxadas e menos ansiosas.

(deu no o globo de 27/09/2009)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Depoimento de um famoso corredor.

Gostaria de compartilhar com vocês um assunto importante: O PRAZER... É algo que precisa estar inserido na nossa rotina, de vida e treinos. Nós, atletas amadores, precisamos estar cientes de que estamos longe das obrigações vividas pelos atletas profissionais. Por isso não podemos perder o FOCO, não podemos nos martirizar por não alcançar em alguns momentos os nossos objetivos. Ao contrário, nossa maior vitória é treinar dia após dia. Ter uma atividade física que nos traga novos amigo(a)s e ainda nos dê o direito de mostrar aos nossos familiares e amigo(a)s o valor do esporte, num mundo, infelizmente, dominado por uma má alimentação, álcool e drogas. Quero deixar claro que nossa vida é uma competição diária e não podemos criar mais uma atividade em que não tenhamos prazer. Pode parecer demagógico, mas não competir sempre pode ser algo que nos mantenha no esporte para toda vida. Alguns minutos a mais no resultado final não pode ser causa de infelicidade, autopunição ou gerar cobranças excessivas. A competição pode te consumir. Não veja apenas a superação de seus tempos, a perda de peso ou uma performance melhor como objetivo final. Olhe para a filosofia por trás disso tudo, pois é isso que vai levá-lo(a) a praticar esporte até os 90 anos ou mais, de maneira saudável.Também é um grande prazer, cruzar a linha de chegada, mas se não for no tempo que você gostaria, olhe ao lado, você é vitorioso(a) e ainda é uma exceção, infelizmente poucos fazem isso.

Pense nisso!!!
Um abraço e boas corridas,

Jorge Cerqueira
Ultra Maratonista

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quinua

Muito tem-se falado da "quinua". Mas afinal, o que é isso?

A quinua é um grão que também pode ser encontrada na forma de farinha e farelo. É um produto riquíssimo em proteína e foi considerado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação como sendo um "alimento perfeito". E o melhor: a quinua se adapta facilmente nos solos mais pobres.

Descoberto pelos incas da Bolívia e do Peru há 8.000 anos, o cereal tem valor nutritivo altíssimo. "As sementes podem ter o dobro da quantidade de proteínas da maioria dos vegetais, com melhor qualidade", explica o pesquisador Carlos Spehar, 58, da Embrapa Cerrado, um dos responsáveis pela chegada da quinua ao país.


Indicações
O público-alvo é:
- os atletas devido ao alto teor de proteína e baixo teor de colesterol;
- as mulheres em menopausa, já que o grão ameniza os sintomas;
- e aos celíacos, pessoas com intolerância ao glúten.

A nutricionista Gabriela Marques já indica a quinua aos seus pacientes e diz "apesar de altamente protéica, não possui glúten. É ótima para substituir o trigo em pão, macarrão, biscoitos e farinhas". A nutricionista lembra ainda que a quinua é rica em lisina, aminoácido que ajuda a fortalecer a imunidade e melhora a memória.

Os chefes dos restaurantes já estão se adequando a nova "moda" na alimentação. Muitos estão criando pratos a base de quinua.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Power Yoga

Esqueça aquela idéia de que Yoga é parado, só se fica sentado e é para pessoas que não gostam de exercícios. Muitas pessoas tiravam o Yoga de sua lista de opções de exercícios por considerá-lo algo para místicos e iniciados. Com a chegada do Power Yoga essa idéia está mudando. Você pode sair totalmente suado de uma prática, com os músculos fortalecidos, formas delineadas e uma incrível sensação de bem estar.

Depois de conquistar os Estados Unidos, onde as pessoas estão praticando até no Central Park, o Power Yoga chega ao Brasil. Atletas de todas as modalidades e adeptos da ginástica estão recorrendo a esse método para manter a forma e a saúde. O que faz essa técnica ser tão aceita é o fato de se trabalhar o corpo de maneira vigorosa mas com plena consciência do que se está fazendo.

O Power Yoga é uma combinação única de respiração dinâmica e movimentos fortes e fluidos, que nos leva a um trabalho corporal de alta energia e grande aquecimento. Os exercícios se sucedem sem interrupções e o resultado é o aumento da força muscular, o desenrijecimento das articulações e o alongamento dos músculos. Durante a prática a atenção se concentra no corpo e começamos a perceber o trabalho coordenado dos músculos, ativando órgãos e glândulas. O corpo desperta e, talvez pela primeira vez, o sentimos totalmente vivo e vibrante.

O calor que é gerado por essa prática torna possível alongar mais a musculatura e o corpo ganha agilidade e leveza. O suor e os movimentos encadeados ajudam a eliminar as toxinas acumuladas nos tecidos e ativar o sistema linfático produzindo uma verdadeira limpeza interna.

Como os movimentos são praticamente ininterruptos, os pensamentos vão se tornando mais tranqüilos e claros. É como se estivéssemos totalmente presentes naquele momento, sentindo o corpo fluir, o ar entrando e saindo dos pulmões, o sangue circulando. Ao final da prática nos sentimos totalmente relaxados, revitalizados, serenos e bem dispostos.

Embora o Power Yoga ajude a modelar o corpo, a ênfase da prática não é a estética, mas o sentir-se bem. Somos diferentes uns dos outros: diferentes rostos, diferentes formas, diferentes personalidades. Buscar o corpo ideal, determinado por padrões culturais, nos conduz à frustração. A saúde e a vitalidade surgem quando paramos de nos comparar com os outros e começamos a prestar atenção ao que nosso corpo e mente estão realmente necessitando.

Quanto mais praticamos o Power Yoga, mais motivados nos sentimos pois percebemos os benefícios que ele produz no nosso corpo e na nossa vida.

Texto de: Anderson Alegro